- Esquecimento da Política - 1 parte
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Informações Adicionais: Esquecimento da Política - 1 parte República à brasileira Lilia Moritz Schwarcz Íntegra da Conferência - áudio/mp3 realizada no teatro Maison de France, em 30/08/2006 * 1ª Parte (26 min. - 9.3 mb) * 2ª Parte (29 min. - 10 mb) * 3ª Parte (27 min. - 9.7 mb) * 4ª Parte (6 min. - 2.3 mb) O objetivo dessa palestra é, a partir de um contexto histórico mais delimitado, refletir sobre os grandes temas que orientam este ciclo. Trata-se de pensar a crise das idéias republicanas à luz dos impasses da geração angustiada que conheceu o final da monarquia e o início da experiência republicana no Brasil. Autores como Nina Rodrigues, Euclides da Cunha, Lima Barreto debateram-se em torno daquilo que consideravam ser a “realidade” desse país e seus evidentes paradoxos. Temas como cidadania, livre arbítrio, igualdade e legalidade estavam em pauta, e de forma inadiável. Em um momento em que se acenava com a novidade da cidadania, garantida por um novo corpo de leis, vários pensadores ora desconfiavam da igualdade da lei – como Nina Rodrigues que propôs a existência de dois códigos penais -, ora digladiavam com uma República que sistematicamente eliminava aqueles que considerava “outros” e diferentes dos que se queriam, naquele momento, “mesmos”. “Sertão”, para Euclides da Cunha, implicava não só um espaço interno, como uma nova situação política, apartada da corte, agora capital. “Frustração” era o termo que resumia não só a figura da ficção de Policarpo Quaresma, como o próprio Lima Barreto, que não conseguia lugar na República dos seus sonhos. Por outro lado, junto com o novo regime, impunham-se verdadeiras batalhas simbólicas – em torno do hino, da bandeira, ou do uso de títulos de nobreza – cujo vencedor era o antigo Império; ou melhor, um certo imaginário do império. É assim que os anos que marcam a virada do século no Brasil, e seu imediato início, representaram, ao mesmo tempo euforia e receio. Euforia frente à idéia – nada feliz – de que estávamos condenados ao progresso, como diria o autor de Os sertões. Receio diante da política que se esquecia (e de outra que era constantemente lembrada) ou então do cometa Biela, que insistia em passar por sobre nossas cabeças. fonte: Programa Cultura e Pensamento http://www.cultura.gov.br/programas_e_acoes/cultura_e_pensamento Palavras-chave: Poder. Política. Ideologia. Direito. Cidadania. História do Brasil. Literatura brasileira. |
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