Este estudo analisa como a metodologia de Viola Spolin, explicitada no livro “Improvisação para o Teatro”, (2001), contribui para o aluno empreender reflexão crítica sobre os processos de indistinção estética na pós-modernidade. Esta pesquisa discorre sobre as matrizes teatrais e pedagógicas da metodologia de Spolin partindo de dois pilares desta: jogos e improvisação teatral. Tomando a pós-modernidade como condição histórica e cultural, este texto reflete sobre os conceitos de barbárie, sociedade tecnoestética, sociedade espetacular ou midiática. Busca-se a discussão sobre como a expansão da imagem associada à tecnologia e à mercadoria provoca a estetização do cotidiano, tornando inoperante a capacidade de nossos alunos de diferenciar arte e sua função social. O trabalho apresenta o embate entre os processos de indistinção estética e o teatro como realização singular, diferida, trazendo a análise sobre os procedimentos descritos em Spolin para as práticas de teatro-educação e sobre as maneiras pelas quais estes podem ser vislumbrados como instrumentos de reflexão a respeito dos processos de indistinção estética na pós-modernidade.