O presente trabalho procura mostrar que para Hume poder fazer as distinções que ele pretende fazer no início do Tratado da Natureza Humana, entre impressões e ideias e entre ideias da imaginação e ideias da memória, Hume precisa ter recurso a elementos que não são dados empiricamente, como a crença em um mundo externo, atitudes em relação a percepções (crença) e propensões da mente. No entanto, argumentamos que estes não são nem pressupostos irrefletidos de Hume, nem medidas de contenção usadas quando problemas começam a aparecer, mas que constituem elementos imprescindíveis de sua filosofia, amplamente trabalhados por ele, e sem os quais a compreensão de sua filosofia ficaria severamente prejudicada.
Palavra-chave: Crítica e interpretação. Filosofia anglo-saxônica. Filosofia inglesa. Hume. Tratado da natureza humana.