O presente trabalho analisa e defende a tese de que a aplicação da teoria da ética do discurso de Jürgen Habermas nas escolas brasileiras cria uma cultura discursiva capaz de enfrentar o problema da indisciplina e da violência estudantil, bem como restaura a práxis pedagógica das mesmas. Pois, leva-se em consideração que tal teoria, ao reintroduzir a racionalidade comunicativa nas interações pedagógicas, estabelece barreiras contra a permanência da racionalidade instrumental nas instituições educacionais. Esta visão é o resultado de uma investigação sistemática e reflexiva a propósito da literatura acerca da questão da indisciplina e da violência escolar no Brasil, da ética do discurso habermasiana e do pensamento pedagógico brasileiro que analisa as possíveis contribuições da filosofia de Habermas para o processo educacional formal.