O estoicismo buscou derivar a moralidade de uma tendência primitiva, a oikeíosis, presente em todos os seres animados. Biologicamente essa tendência se manifesta como um instinto de conservação presidindo o comportamento; psicologicamente ela se apresenta como um amor-de-si em virtude do qual cada ser não tem nada de mais querido que si mesmo. Tal tendência é profundamente transformada quando aparece, no homem, um princípio que vai lhe distinguir essencialmente de todos os outros seres e lhe conferir sua especificidade: a razão - a partir de então será a si mesmo enquanto ser racional e não mais enquanto animal que o homem está apropriado. É esta razão que funda toda sua atividade cognitiva e, igualmente, seu agir moral. O ato moral decorre, com efeito, do conhecimento e a virtude é definida como um saber.
Palavras-chave: Ética. Estoicos. Virtude. Filosofia. História.