Resumo: A Central Única dos Trabalhadores do Paraná viveu nos anos 90 uma crise relacionada coma quebra da ação aglutinadora cutista, objetivo pretendido nos estatutos da CUT. Há uma mudança na ação sindical que revelou a fragilidade do sindicalismo cutista paranaense quanto às pressões da conjuntura – retração das categorias, a política neoliberal do governo estadual – e da sua burocratização – pouca organização na base, corporativismo,pouca renovação de quadro dirigentes a contradição entre a política votada e sua aplicação. Esta burocratização se desenvolve quando a direção do movimento sindical cutista sucumbe frente um modo de vida materialmente desvinculado do cotidiano do trabalho, quando métodos administrativos retiram da maioria dos indivíduos envolvidos, o poder de decisão e o controle sobre a ação daqueles que vão administrar. Esta dinâmica foi crucial para a quebra da ação aglutinadora cutista – a unidade entre os trabalhadores.