Resumo: As transformações desencadeadas pelo processo de reestruturação produtiva e pelainternacionalização financeira têm provocado mudanças sobre as formas de trabalho, o perfil de trabalhador e na atividade de seus instrumentos coletivos representantes: os sindicatos. Os aspectos a partir dos quais se constituem fenômenos sociais, podem ser percebidos em diversas áreas de estudo. O presente trabalho propõe o estudo da relação sindicato/Estado e uma tentativa de pontuar aquilo que caracteriza essa relação a partir do ano 2000. O estudo toma a organização e a estrutura como elementos fundamentais para o debate, entendendo o sindicalismo cutista como uma práxis predominante no meio sindical brasileiro, marcado pela defesa de um projeto pautado pela reforma de Estado, que visa também modificar a estrutura sindical do país. Diante do quadro de mudanças, o sindicalismo cutista procura elaborar novas formas de ação que resultam em novidades na relação sindicato/Estado. Na tentativa de desenvolver elementos concretos a respeito da problemática, realizou-se o estudo de caso do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Curitiba e Região (SEEB/Ctba), tomando a ação sindical nos períodos de negociação coletiva entre os anos 2000 e 2005, como objeto de estudo. Os procedimentos metodológicos utilizados mesclaram-se na análise da imprensa sindical (Foha Bancária e Revista dos Bancários), de relatos de entrevistados, de documentos e dados estatísticos.