As diversas plataformas de interação social disponíveis na internet, como salas de bate-papo (chats) e sites de relacionamento (Orkut, myespace) sempre se mostraram como um efervescente espaço para a manifestação identitária e a experimentação de diferentes nuances da subjetividade humana por parte do sujeito contemporâneo. Com o advento, no ano de 2003, da plataforma Second Life, surge um novo tipo de experimento mediado por computador, o de um "mundo on-line" em três dimensões que procura recriar todos os aspectos encontrados na sociedade off-line. O ideal de transposição de um modelo societário do mundo off para o on-line oferece uma oportunidade ímpar para o sujeito vivenciar novas perspectivas de sua identidade. O "ser ou não ser" depara-se com novas possibilidades de manifestações, seja na forma de sua aparência física, seja na forma de suas atitudes e desejos expressados. Em meio a esta teia de novas possibilidades identitárias, procura-se neste trabalho observar através de um estudo etnográfico, quais as manifestações de identidade encontradas neste espaço on-line e a sua possível correlação com a identidade exercida pelo sujeito no mundo off-line. Neste sentido, desponta atualmente um novo modo de se vivenciar a identidade no espaço on-line, o qual conjuga um potencial quase que ilimitado de novas experiências subjetivas e o intercâmbio de significados entre o sujeito on e off-line, o que aponta para uma possível maior incorporação do espaço on-line na sociedade off-line.