Nesta dissertação de mestrado estudamos a trajetória da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo (UMM-SP) durante a administração de Marta Suplicy à frente da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), entre os anos 2001 e 2004. O objetivo desse trabalho é entender os dilemas da vida democrática brasileira na atualidade a partir da relação política que foi estabelecida entre movimento social, partido político e governo, no referido período histórico. Desde a segunda metade da década de 90, o estudo das organizações populares começa a perder força no contexto acadêmico, fato que contraria a presença cada vez maior destes sujeitos políticos no cenário político nacional. Para entender os novos desafios postos pela conjuntura atual, retomamos a bibliografia acadêmica que aborda o assunto sob a perspectiva das conseqüências que a institucionalização traz ao modo de agir movimentista, e a ela acrescentamos a análise feita pela filósofa alemã Hannah Arendt dos novos desafios enfrentados pelo pensamento político democrático
Palavras-chave: Democracia. Habitação de interesse social. Hannah Arendt. Movimento de moradia. Movimentos sociais. São Paulo. Teoria sociológica.