O objetivo desta dissertação é analisar as representações sociais presentes nos discursos de bancários adoecidos pelo trabalho. A hipótese básica sustenta que a relação saúde-trabalho-adoecimento contribui para a desconstrução/construção da identidade do trabalhador, à medida em que as relações sociais são transformadas por uma nova realidade mediatizada pela doença. As transformações trazidas pela reestruturação produtiva no setor e a consequente mudança no perfil bancário constituem o contexto econômico e social que contribuem para o adoecimento, afetando a subjetividade do trabalhador e as formas de sociabilidade, tendo em vista as perdas dos referenciais de identidade, espaço e tempo. Conclui-se que o adoecer, além de proporcionar a construção de novas identidades, constitui-se num processo de aprendizado, dinâmico e complexo, que consiste em assimilar e produzir conhecimentos e formas de ação.