Descrição:
MORAIS, Carla Susana Lopes
Dissertação de Mestrado em Educação Multimédia. Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Portugal. O século XXI caracteriza‐se pelo ritmo de vida alucinante, pela imensa quantidade de informação que flui continuamente e pela expansão da informática e da tecnologia que saiu das empresas e entrou nas nossas casas, cultura e escolas. Os jovens adolescentes que frequentam as nossas escolas nasceram e cresceram na era digital e não concebem o mundo sem tecnologia. A sua vida é um verdadeiro zapping, sendo frequentemente designados por zap generation. A escola ainda não conseguiu integrar todas as mudanças da sociedade, afastando‐se cada vez mais dos nossos jovens. Ao professor, também se pede um esforço de readaptação. O seu papel deverá ser activo e responsável no enquadramento pedagógico das tecnologias, para que estas possam tornar‐se um meio de renovação do ensino e não apenas um mero reforço de práticas tradicionais. Neste cenário impõem‐se a necessidade de informar e motivar os alunos para a aprendizagem dos conteúdos programáticos de Ciências dado o crescente “divórcio” da zap generation com a Ciência. Assim, é fundamental tornar o seu ensino mais atractivo, desafiante e actualizado, o que em parte pode ser mediado pelas tecnologias emergentes. Produzir e validar novos recursos digitais capazes de constituir uma oferta com qualidade científica, pedagógica, técnica e estética, passíveis de serem utilizados por professores e alunos na disciplina de Ciências Físico‐Químicas do 7º ano do ensino básico; fazer a experiência de utilização dos recursos produzidos avaliando o seu impacto e recolher o feedback dos alunos de modo a obter sugestões de enriquecimento e reformulação dos mesmos, foram os objectivos que impulsionaram a construção dos recursos “+ Química Digital”. De modo a atingir os objectivos referidos anteriormente, utilizou‐se uma metodologia de investigação científica de cariz qualitativo – o Estudo de Caso. Os dados foram recolhidos através dos registos de observação das aulas, da análise de folhas de resposta e de entrevistas individuais realizadas aos alunos. A etapa final do trabalho centrou‐se numa análise autocrítica dos recursos digitais produzidos, da metodologia utilizada e dos resultados obtidos. Também se reflectiu sobre a existência de alguns constrangimentos inerentes à desejável mas difícil generalização da utilização destes recursos. Ainda, nesta etapa final, avançaram‐se algumas sugestões para projectos futuros.
Palavras-chave: TIC. Zap generation. + Química Digital.
|