Descrição:
LOPES, Evandro Jose
A ação do sol, da chuva e de toda interferência atmosférica é implacável contra qualquer substrato metálico pintado. Para que o desgaste ocorra mais lentamente, as tintas que revestem o aço e outros metais precisam agir contra a corrosão provocada por ambientes agressivos, como o litorâneo, por exemplo. A quantidade e qualidade de cargas que se adiciona à tinta podem interferir em suas propriedades, inclusive modificando a reprodutibilidade de cores do produto. As tintas são formadas por resinas, corantes e outros elementos na forma de pó chamados cargas. Entre as substâncias que formulam uma carga estão os óxidos de titânio e de zinco, carbonato de cálcio, talco, barita e o agalmatolito. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial funcional e anticorrosivo (pelo efeito barreira) de um mineral lamelar denominado Filito, encontrado na região metropolitana de Curitiba - Paraná, como carga em tinta à base de resina epóxi, em comparação com outro mineral lamelar de grande utilização no mercado de tintas anticorrosivas. Para tal empregaram-se ensaios pertinentes à indústria de tintas, na funcionalidade do processo fabril e de produto final, assim como testes da ação anticorrosiva através de ensaios de simulação de ambientes agressivos, névoa salina e descolamento catódico e também espectroscopia de impedância eletroquímica juntamente com análises microscópicas. Foi possível verificar que o mineral possui todas as propriedades necessárias ao processo fabril, assim como os de qualidade do produto final, no caso a tinta, e apresenta um bom potencial para ser empregado como ativo anticorrosivo (pelo efeito barreira), bem como o mineral algamatolito, já utilizado comercialmente. Também foi constatado que a técnica de espectroscopia de impedância eletroquímica tem maior sensibilidade do que as técnicas convencionais, com relação as mudanças que ocorrem nas propriedades da camada orgânica (tintas).
Palavras-chave: Filito. Impedância. Tinta.
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