Descrição:
BAZI, Gisele A. do Patrocinio
São poucos os estudos experimentais que procuram encontrar ligações entre a ansiedade e as dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita. O estudo aqui apresentado, além de focalizar tal questão, também utilizou as concepções sobre traço e estado de ansiedade, o que na literatura é muito escasso. Assim, os objetivos deste trabalho foram analisar a relação existente entre os níveis (alto ou baixo) e tipos de ansiedade (traço - incluindo e excluindo a mentira - e estado) e o desempenho em leitura e escrita, considerando-se o gênero e a idade. A população investigada foi de 112 sujeitos, de 8 e 9 anos, de duas escolas públicas. Todos os sujeitos foram classificados por intermédio de três ditados, e depois foram avaliados através de uma prova de leitura e de dois instrumentos de ansiedade, um envolvendo o estado, sendo o Inventário de Ansiedade Traço-Estado, para crianças; e um envolvendo o traço (incluindo ou não a mentira), sendo a Escala de Ansiedade Manifesta para crianças e adolescentes. Os dados encontrados foram submetidos à análise de variância e os resultados globais evidenciaram que houve uma relação significativa entre o estado de alta ansiedade e as dificuldades em leitura e em escrita. Também foi possível falar em uma tendência para as crianças mais velhas serem mais ansiosas do que as mais novas. Quanto ao gênero, os resultados mostraram-se difusos, quando relacionados aos níveis e tipos de ansiedade.
Palavras-chave: Aprendizagem. Ansiedade. Leitura. Escrita. Psicologia educacional.
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