Na contemporaneidade, um dos principais debates teórico e político é sobre a pobreza e as desigualdades sociais. No Brasil, este debate ganha maior importância devido ao fato do país apresentar uma das piores distribuições de renda e riqueza do mundo e índices sociais da periferia capitalista. As diversas contribuições ao debate se mostram insuficientes do ponto de vista teórico e infrutíferas no campo das políticas públicas e das transformações sociais. Apesar das inúmeras abordagens e formas de tratamento da “questão social” por parte dos governos conservadores, liberais e social-democratas, o problema persiste e vem se agravando ao longo do tempo. Quando chegamos a este ponto, é preciso retornar às origens, reavaliando o passado para transformar o presente e construir o futuro. A presente dissertação, portanto, tem como objeto de estudo a “questão social” na origem do capitalismo. Além da análise da passagem do feudalismo para o capitalismo, embasada em autores como Ellen Woods, Eric Hobsbawn e Leo Huberman, e das consequências sócio-econômicas desta transição histórica, a pesquisa utilizar-se-á da obra científica de Karl Marx e Friedrich Engels para uma análise teórica da “questão social” no capitalismo nascente.
Palavras-chave: Relações de Produção. Relações de Trabalho. Relações de Poder. Capitalismo. Materialismo histórico-dialético. Questão social. Feudalismo.