A questão que se coloca e que permeia o objetivo central desta dissertação é: como as mulheres muçulmanas da Mesquita de Juiz de Fora - tanto as conversas brasileiras sem ascendência muçulmana quanto às de origem ou ascendência muçulmana – estão vivenciando a prática islâmica e, possivelmente, construindo uma identidade a partir, principalmente, do uso do véu. Para estudar a mulher muçulmana em Juiz de Fora pretende-se enfocar as condições de vida, os deveres, a vivência dessas mulheres muçulmanas numa cidade de tradição cristã. O uso do véu diferencia e marca uma identidade tipicamente muçulmana. Essa dissertação tenta compreender que identidade estas mulheres estão construindo? Essa identidade serviria para marcar uma fronteira política, religiosa, individual ou coletiva? Sustentamos que o uso do hijab ou véu é bastante complexo e pode ser considerado, em Juiz de Fora, tanto como um elemento simbólico constitutivo de uma identidade religiosa muçulmana, como também estar ressignificando subjetivamente estas mulheres, proporcionando-lhes uma nova identidade pessoal.