A exportação de banana, na América, foi constituída sob uma base genética extremamente limitada: ao longo de setenta anos, uma só variedade de banana, a Gros Michel, foi praticamente a única a ser vendida nos mercados norte-americanos. Esta variedade produzia grandes cachos, resistentes ao transporte, e dotados de um sabor e de uma casca que os consumidores norte-americanos identificavam como pertencentes a uma banana de qualidade. Entretanto, a Gros Michel também se mostrou muito suscetível a um grande número de patógenos fúngicos, incluindo o Mal do Panamá e a Sigatoka. A história dos programas de melhoramento revela uma das principais contradições da agricultura do século XX: os mesmos processos de produção massificada, que tendem a reduzir a diversidade biológica a nível local e regional, permaneciam dependentes do acesso a de um banco genético “global”, para manter níveis lucrativos de produção.