A memória biológica foi tradicionalmente concebida como escrita sagrada, cuja sintaxe estaria vedada ao ser humano, ele próprio produto da palavra divina. A partir dos avanços recentes da biologia molecular, no entanto, essa sintaxe e essa escrita estariam sendo desveladas e apropriadas pela tecnociência. Este artigo investiga a relação entre a digitalização da vida e a lógica matemática que determina a dinâmica interna desta forma de escritura.