Neste artigo, a partir da perspectiva crítica, transformadora e emancipatória da educação ambiental, são apresentados alguns resultados do programa Trilha da vida: (re)descobrindo a natureza com os sentidos, criado e desenvolvido desde 1997, pelo LEA/CTTMar/Univali em parceria com a Facinor e a ONG Voluntários pela Verdade Ambiental. A Trilha da Vida enquanto proposta de educação ambiental comunitária e em unidades de conservação, não deve ser confundida como mera atividade de sensibilização, ultrapassando em muito esta dimensão e apontando para objetivos educacionais, conservacionistas e terapêuticos. A Trilha da vida atualmente está sendo implementada em diversos locais através de uma rede de núcleos disseminadores da metodologia. Este processo exige uma formação continuada para as equipes executoras em cada um dos seus núcleos disseminadores. Uma breve fundamentação do programa à luz dos chamados "experimentos educacionais transdisciplinares" é apresentada como forma de romper com a anestesia e perda de sentidos generalizados das sociedades de consumo no mundo globalizado. Por fim é evidenciado o seu potencial transformador e emancipatório a partir de algumas categorias originadas de relatos de grupos que vivenciaram a Trilha da vida.