O artigo trata da infibulação - remoção parcial ou total do clitóris para evitar o intercurso sexual da mulher - na cultura bantu. É um costume africano, presente também no mundo árabe, que provoca a indignação de ocidentais, mas que se acha arraigado em práticas milenares. Mostra o lugar ocupado pela mulher naquelas sociedades e a visão que as mesmas têm da sexualidade feminina. O autor entende que a justificativa de tal prática tem um fundo mítico-religioso profundo. É um ritual sacrificial de iniciação de características machistas, uma vez que a sociedade negro-bantu é de caráter hiero-antropocêntrico. A esta hipótese, acrescenta a de que tal costume se destine a regular a relação conjugal homem-mulher no casamento.
Palavras-chave: Infibulação. Cultura bantu. Sexualidade e religião. Rituais de iniciação.