Esse trabalho pretende apresentar elementos para o debate a respeito da identificação do ser evangélico no Brasil contemporâneo a partir de uma perspectiva político relacional de identidade. Exploramos alguns elementos sociológicos comuns à maioria das comunidades evangélicas, analisados utilizando a noção de seita como concebida por Weber e Troeltsch. Sem pretensões de descrever minuciosa e exaustivamente os elementos litúrgicos ou doutrinários das muitas denominações evangélicas, propõe-se que essa forma específica de organização eclesiástica sectária, marcada pelo conversionismo, denominacionalismo e condição minoritária, deve ser levada em consideração no esforço analítico sobre a identidade evangélica no Brasil. O foco do trabalho, portanto, concentra-se na interação entre o jogo de forças envolvido na construção dessa identidade e os processos de modernização e democratização.