O trabalho discute, com base no caso brasileiro, a ideia de que a América Latina está se tornando protestante. Discorda de que a “explosão protestante” tem potencial para transformar a cultura e modernizar a economia latino-americana. Mostra o declínio numérico do protestantismo tradicional e o vertiginoso crescimento do pentecostalismo. Defende a tese de que o pentecostalismo não é portador das virtualidades modernizantes contidas na ética calvinista analisada por Weber. Argumenta que o pentecostalismo vem promovendo sucessivas acomodações sociais, transformando-se numa religião cada vez menos ascética, menos sectária, menos distintiva e, portanto, mais vulnerável à antropofagia brasileira.