Como nos seus tempos primordiais, a Congregação Cristã no Brasil continua se propagando pelas redes sociais pessoais e pelo culto como únicas estratégias de marketing. Ela mantém a regra que lideranças não podem ser candidatos políticos, e que nos cultos não se pode fazer propaganda por nenhum candidato ou partido. Estes fatos demonstram que a CCB se mantém fora de algumas dinâmicas religiosas, culturais e sociais que atingiram praticamente todos os grupos religiosos contemporâneos e têm na sua ponta outros grupos pentecostais. A CCB continua sendo, portanto, o que os primeiros pesquisadores já afirmaram a seu respeito: um pentecostalismo sui generis. O presente trabalho analisa as relações de poder no interior deste grupo religioso, suas estratégias concorrenciais, sua falta de inserção na política partidária, e indaga quais dispositivos na sua memória e representações coletivas não permitem as mudanças que se operam nos outros grupos religiosos.