A partir de uma pesquisa exploratória, em cinco grupos religiosos – católicos de Cebs e carismáticos; evangélicos históricos, pentecostais e neopentecostais – de uma favela de Duque de Caxias (Baixada Fluminense – Rio de Janeiro) esse trabalho busca analisar as visões desses grupos a respeito do tráfico de drogas, do aparato policial e do poder político local. Deste modo, o estabelecimento de um modelo de dominação política, calcado no clientelismo e na violência tem como pressuposto duas perspectivas teóricas. Uma que percebe o Estado como permeável às relações com o tráfico de drogas e beneficiário do controle local que este exerce através da violência. Outra que compreende o campo religioso a partir das relações que ele estabelece com essa estrutura de dominação local, sobretudo com o clientelismo e sua face eleitoral.