Descrição:
BORTOLOTTI, Ricardo Gião
A análise da imagem, nas suas mais diversas modalidades e concreções, atraiu renomados pensadores da arte, bem como filósofos, preocupados com a percepção estética. Discípulos de Saussure, na vertente dual da semiótica, realizaram trabalhos de peso na área, como bem notamos na trajetória de Barthes. Com efeito, por mais fecunda que se apresente essa semiótica, parece que não ultrapassa o domínio que a teoria de Peirce nos legou. Com sua estrutura lógico-triádica, amplia o campo da análise, possibilitando, ao crítico, um recorte de elementos do fenômeno conforme a tríade de suas categorias fenomenológicas, as quais combinam a qualidade, a existência e a lei, num mosaico em que, por sua vez, participam a representação, o objeto e o interpretante. Em outros termos, a semiótica peirceana, com sua noção de signo, fornece elementos para a análise da imagem, tomando o signo em si mesmo, na sua relação com o objeto e na sua relação com alguma idéia interpretante, criada na mente de alguém.
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