Estudar a formação das identidades e das territorialidades religiosas evangélicas e especificamente, presbiterianas no Brasil, em seus primórdios de construção, coloca, inicialmente, uma questão que diz respeito ao próprio campo de abordagem. Os cientistas sociais tendem a ver a religião de diferentes formas. Em primeiro lugar, como uma forma de conhecimento associada à dimensão ideológica de opressão, produtora de ignorância, ao alienar o ser humano da compreensão das formas de opressão de classe por ele vivenciadas, por meio da promessa de salvação e de recompensa em outra vida. Em segundo, pesquisadores comprometidos com instituições religiosas tendem a ver a religião como a plena afirmação dos valores e estruturas organizacionais intrínsecos a elas. Possuem, normalmente, uma produção institucional e apologética.