Seria o Ensino Religioso uma ameaça ao conhecimento científico? A verdade sobre as coisas é objeto da razão ou da fé? O mundo surgiu por acaso e segue a lógica da evolução, ou foi criado e se modifica conforme a vontade divina? O debate que atravessa séculos surgiu com a própria história do conhecimento humano, e no encalço dessas questões a polêmica esbarra no status de verdade única conferido tanto ao saber religioso quanto ao saber científico. No Brasil, a postura assumida em 2000 pelo então governador do Estado do Rio de Janeiro, Antony Garotinho, ao sancionar a lei que determina que o Ensino Religioso faça parte do currículo das escolas públicas, ocasionou uma retomada dos debates sobre os limites entre ciência e religião.