Descrição:
CASTRO E SILVA, Anderson Moraes de
Este artigo foi elaborado a partir dos dados que foram colhidos por mim no Instituto Presídio Hélio Gomes, no primeiro semestre de 2005. Naquele momento, eu utilizava a metodologia de pesquisa intitulada de “observação participante” para, junto aos agentes penitenciários lotados nas Turmas de Guardas, observar o modo como o uso extrajudicial da força física permeava a interação entre custodiadores e custodiados (Castro e Silva, 2006). A questão religiosa, embora cortasse transversalmente distintos aspectos da vida intramuros, não fora contemplada na construção do texto final daquela pesquisa. Entretanto, posteriormente, ao rever os dados anotados no diário de campo de forma mais acurada, algumas questões me intricaram. São essas inquietações, articuladas com a previsão constitucional de liberdade de culto e ao processo de estigmatização intramuros das religiões afro-brasileiras, que pretendo explorar aqui. Antes, porém, é conveniente que consideremos alguns aspectos específicos da assistência religiosa nas prisões.
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