Quando se estuda o catolicismo, deve ficar clara a multiplicidade existente dentro dele mesmo, uma vez que podemos classificar como “catolicismos” as diversas posições assumidas por facções internas da própria Igreja. Scott Mainwaring (1985) deixa bem representadas algumas formas de catolicismos presentes no Brasil por volta da década de 1950. Segundo ele tínhamos um grupo da Igreja classificado como tradicionalistas, os quais combatiam a secularização e impulsionavam o fortalecimento da instituição na sociedade. Outro grupo era dos modernizadores conservadores, acreditando que a Igreja precisava mudar para cumprir sua missão no mundo moderno com maior eficácia. E também havia um núcleo reformista, que possuía posições sociais mais progressistas e um trabalho pastoral mais intenso.