Partindo do pressuposto que é dentro do processo de socialização que se inicia a assimilação de valores culturais e referências identitárias que darão o suporte para a necessidade humana de significar o mundo e a vida, espaço do mundo simbólico onde atua a religiosidade é impossível, nessa construção, ignorar o papel das instâncias socializadoras tradicionais, como no caso a família. Nesse sentido, a indagação que se coloca tenta compreender como a família está se articulando com as novas instâncias socializadoras, próprias do contexto contemporâneo, como por exemplo, a mídia, e em que medida essa articulação colabora para que se estabeleça um diálogo aberto capaz de auxiliar na construção histórica de uma nova identidade social, que parece estar surgindo através de uma percepção ética, inserida na dimensão religiosa em formação de um grupo específico de adolescentes.