O campo do imaginário religioso tem seu fundamento em narrativas sagradas que podem ser compreendidas a partir de categorias míticas e utópicas. A primeira remonta à origem da religião, permitindo entender o sentido da fundação dos fenômenos religiosos; a segunda abre possibilidades para se apreender migrações religiosas a partir de utopias construídas por subjetividades nômades. Tal pressuposto permite compreender narrativas sagradas em tempos históricos que configuram imaginários epocais, sendo representados pelo deus romano, Jano,com suas duas faces contrapostas.O caminho escolhido pelo estudo ancora-se teoricamente em Mircea Eliade e Ernest Bloch, respectivamente, em concepções referentes ao sagrado e aos sonhos acordados. Assim, a comunicação está circunscrita à interseção entre religião e ciência, que traz o paradoxo do imaginário como elemento aglutinador na compreensão de grupos /indivíduos em procedimentos migratórios.