O presente artigo aborda as manifestações de circularidade cultural e de resistência religiosa e simbólica existentes no contexto histórico do cristianismo inicial, face à expansão e hegemonia política e cultural do imperialismo romano imposto ao mundo mediterrâneo e judaico-cristão no primeiro século da Era Cristã, analisando como o antagonismo do movimento cristão em relação à religiosidade e a teologia pagã presentes no culto ao imperador romano contribuiu para o processo de formação do imaginário e da cristologia dentro das tradições que vieram a se cristalizar sob a forma dos evangelhos bíblicos.