Este estudo analisa o papel que as mulheres desempenham no seio da Doutrina Espírita, comparando-o com as principais denominações religiosas dentro do Cristianismo. Para essa análise foi utilizada pesquisa bibliográfica, a partir da contribuição de autores da Teologia Feminista, da Filosofia, da Psicologia, da História e da Doutrina Espírita. Verificou-se que a crítica da Teologia Feminista recai sobre a visão misógina e andrógina – fruto da mentalidade patriarcal - empregada na valoração e interpretação do papel das mulheres tanto nos textos sagrados, como no tratamento dispensado a elas pela Igreja de Roma e demais igrejas surgidas pós Cisma e Reforma. O estudo mostra que, em analogia às demais crenças cristãs, para os adeptos desta Doutrina, não há prerrogativas de um sexo sobre outro devido à crença na palingenesia (reencarnação), o que facultaria ao mesmo Espírito em evolução encarnar em corpos de diferentes sexos; e pelo fato de que não há uma classe sacerdotal, prerrogativa de poder para os homens.