O presente artigo busca mostrar como, na filosofia cartesiana, o esquema de fundamentação do conhecimento (tal como é exposto, sobretudo, nas Meditações) reproduz fielmente a estrutura ontológica do ser, na qual a realidade contingente e imperfeita depende da realidade necessária e perfeita. A insistência na exposição deste vínculo entre epistemologia e ontologia pretende enfatizar que jamais devemos esquecer que a teoria do conhecimento do Século XVII ainda não é a epistemologia de nossa época.
Palavras-chave: Teoria do conhecimento. Razão. Verdade. Necessidade. Contingência.