Este artigo apresenta o diálogo, um tanto conflitante, entre Foucault e Derrida sobre a relação entre a loucura e o Cogito de Descartes. O primeiro passo é dado por Derrida, o qual crítica Foucault por não ter percebido que Decartes não excluiu a loucura, mas que o cogito é valido mesmo se o pensamento é louco. Foucault responde, reafirmando a exclusão da loucura por parte de Descartes, pois o sujeito que se põe a meditar durante o processo do cogito não pode ser louco, porque a loucura é justamente a não possibilidade de fazer este percurso de meditação. Portanto, esse artigo defende a tese de que a loucura desqualifica o sujeito e o impede de realizar o processo do cogito.