Descrição:
ORTIZ, Renato
O artigo tem por objetivo problematizar o universal e a diversidade. Investiga as possíveis implicações da polissemia dos termos universalidade e diferença, dentro das perspectivas filosófica, sociológica e antropológica. Destaca que a diferença não possui um valor "em si", uma "estrutura" ou "essência" atemporal. A diversidade existe em situações históricas determinadas, ela deve também ser qualificada. Nesse sentido, não é tanto a oposição em relação ao universal que interessa, mas a forma como a mudança de contextos incide sobre nossa compreensão desses conceitos. Discute ainda a questão do local e do nacional, que não são considerados dimensões em via de desaparecimento dentro da "sociedade global". Busca, então, entender como esses níveis são redefinidos, visto que na globalização co-existe um conjunto diferenciado de unidades sociais: nações, regiões, tradições, civilizações e a diversidade é parte integrante dessa totalidade. Conclui que universal e particular são pares opostos. A diferença associa-se ao particular, à contenção, aos limites e à identidade, sendo assim incompatível com o movimento de universalização. O universal remete à ideia de expansão, quebra de fronteiras, "todos", humanidade. Entretanto, na situação de globalização, muitas vezes esse par antagônico se entrelaça, mesclando alguns valores antes fixados a apenas um de seus elementos.
Palavras-chave: Universal e diversidade. Universalidade e diferença.
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