Um dos artifícios ideológicos mais em voga, nos dias de crise em que vivemos, tem sido aquele de ajustar a essência humana aos parâmetros burgueses. Ser burguês e civilização apresentam-se como sinônimos: não há história para além do mercado e da democracia modernos. Com isso, a mentalidade predominante tornou-se impermeável às concepções de mundo que, afirmando a absoluta historicidade do ser e de suas categorias, postulam a superação da sociabilidade regida pelo capital. Também por isso, Marx e Lukács foram excluídos da agenda «modernizadora».
Palavras-chave: Lukács. Ideologia. História. Revolução.