A ascensão mundial da problemática ambiental resulta em grande número de pesquisas de cunho ambiental no âmbito da Geografia. Tal abordagem é considerada como capaz de produzir a sutura teórica entre sociedade e natureza, colocando-se como Geografia Unitária e concretizando o processo iniciado pela Geografia Crítica, de eliminação da Geografia Física. A análise ambiental, porém, pautada em geossistema, naturaliza a sociedade, por nivelar a ação social aos demais elementos do meio. Por outro lado, ele não considera tempo e evolução na dinâmica processual, natural ou social. Nesses termos, a consolidação do caráter social da Geografia estaria sendo costurada em função de uma abordagem acrítica. Tal paradoxo é pautado pela busca de uma identidade para a Geografia, mas também pela defesa de mercado de trabalho, o que demonstra ausência de percepção dos limites entre ciência básica e prática profissional na comunidade geográfica.
Palavras-chave: Geossistemas. Análise ambiental. Sistemas. Geografia física. Epistemologia da Geografia.