O presente artigo busca mostrar como o acúmulo de detritos de origem artificial no espaço próximo à Terra constitui um problema de ordem ambiental, ainda que raramente lembrado em discussões ecológicas. O primeiro problema representado por tais detritos é o fato de não serem eles controlados a partir da Terra, mas, ainda assim, manterem alta velocidade, da ordem de dezenas de milhares de quilômetros por hora, de modo que constituem sério risco à exploração e navegação espacial. Satélites podem deixar de funcionar ou mesmo ser destruídos ao serem atingidos por detritos em órbita, de modo que tarefas por eles habitualmente realizadas deixam de ser efetuadas. Voos espaciais tripulados também passam a sofrer sérios riscos. O segundo problema relaciona-se com a eventual queda de tais detritos, podendo os mesmos chegar à superfície terrestre, constituindo um perigo às áreas habitadas e, ocasionalmente, a causa de impactos ambientais localizados por conterem, muitas vezes, substâncias poluentes e/ou radioativas.
Palavras-Chave: Lixo espacial. Voos espaciais. Órbita terrestre. Meio ambiente.
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