Descrição:
RETZLAF,Jully Gabriela; STIPP, Nilza Ap. Freres; ARCHELA,Edison
O Parque Estadual do Guartelá ocorre em meio aos depósitos paleozóicos pertencentes à Bacia Sedimentar do Paraná. O material aflorante, na área em estudo, pertence ao Grupo Paraná, sendo composto por sedimentos devonianos da Formação Furnas (Devoniano inferior). A região do canyon Guartelá está inserida totalmente no Segundo Planalto Paranaense, em zona de paisagem suavemente ondulada, constituída por sedimentos paleozóicos do período Devoniano, Carbonífero e Permiano. O segundo planalto declina suavemente como encosta para W, SW e NW até o limite com o terceiro planalto, alcançando altitudes em torno de 1.000 metros, na borda do Escarpamento Furnas, e cotas entre 740 e 800 metros na cuesta Serra Geral; e mais ao norte, entre os rios Laranjinha e Itararé, altitudes entre 350 e 560 metros. O parque está inserido na porção leste do Segundo Planalto Paranaense, no reverso do escarpamento, caracterizado por relevo de cuesta, formada por erosão diferencial. O Escarpamento Estrutural Furnas é caracterizado por imponente ressalto topográfico que se estende por cerca de 260 km, entre os estados de São Paulo e Paraná, apresentando amplitudes entre 100 e 200 metros, com altitudes médias em torno de 1.100 a 1.200 metros. A origem e evolução do escarpamento estão associadas a um conjunto de processos geodinâmicos ocorridos no sul e sudeste do Brasil com início na ruptura da Gondwana (180 a 170 M.a.), seguidos de processos de magmatismo básico continental (140 a 130 M.a.) e deriva continental acompanhada de soerguimento marginal.
Palavras-chave: Parque Estadual do Guartelá. Bacia Sedimentar do Paraná. Grupo Paraná. Formação Furnas.
|