Este artigo tem por objetivo refletir sobre os cruzamentos entre a literatura e a história para a construção do conhecimento histórico, buscando na primeira um novo olhar sobre a identidade nacional logo após a instauração do regime republicano no Brasil. Para nossas análises privilegiamos a produção literária de Lima Barreto, a qual possibilitou-nos pensar a formação da identidade nacional a partir das várias situações vivenciadas pelos sujeitos marginais da República, ou seja, os negros, os mulatos, homens e mulheres pobres. Identidade essa pautada no sentimento de pertencimento ao país e não por meio do discurso homogeneizador veiculado pelas elites e os governantes, mas da sua busca pela afirmação social.
Palavras-chave: Literatura. Identidade nacional. República.