Este artigo procura refletir acerca de algumas questões do universo das práticas religiosas tidas como populares e suas representações simbólicas do sagrado. Essas manifestações de religiosidade popular apontam um trânsito contínuo e intenso entre o institucional e o desclericalizado. Para exemplificação desta dinâmica, analisaremos a demarcação de um tempo coletivo e a construção de uma identidade, de um sentido de pertença aos participantes das Folias de Reis, da Festa do Divino Espírito Santo e do Círio de Nazaré. Redescobertas, revisitadas e revitalizadas como um rico campo de investigações, as festas religiosas têm possibilitado muitos olhares a essas expressões de fé.