Os historiadores americanos que buscam as origens do surgimento da liberdade, da democracia, e o homem comum tiveram de enfrentar, nas duas últimas décadas, o desafio lançado por outros historiadores que têm interesse na origem da história da opressão, exploração e racismo. Esse desafio tem sido salutar porque nos levou a examinar, de um modo mais direto do que os historiadores até o presente se haviam predisposto a fazer, o papel da escravidão no início de nossa história. Sobretudo os historiadores do período colonial, ao escreverem sobre a origem e o desenvolvimento das instituições norteamericanas, até recentemente achavam maneiras de tratar a escravidão como uma exceção a tudo o que tinham a dizer. Estou falando de mim mesmo e também da maioria dos integrantes de minha geração. Devemos gratidão àqueles que insistiram no fato de ter sido a escravidão mais que uma exceção; que um quinto da população americana na época da Revolução é gente demais para ser tratada como exceção.