O presente artigo tem como objetivo analisar o diário da advogada de presos políticos durante a ditadura militar, Mércia Albuquerque, no ano de 1973, à luz do debate sobre a memória e seus usos. Acrescenta-se a isso, a possibilidade de analisar a atuação da Justiça Militar através de um enfoque diferenciado dos tradicionais estudos sobre o tribunal militar, uma vez que, através do registro de Mércia, pode-se ter acesso a relatos sobre a estrutura do foro castrense, além dos atores que o compõem, que não estão presentes na produção documental própria do tribunal militar em sua dinâmica processual.