Uma ética planetária inspirada no diálogo deve admitir que nossa cultura é apenas uma entre outras e desistir de qualquer obsessão imperialista. Isto implica em assumirmos a democracia como única alternativa possível para a humanidade. O sucesso de um projeto democrático depende da capacidade humana de encontrar referentes éticos mínimos. Isso torna urgente o reconhecimento universal que o diálogo entre as diversas tradições culturais deve receber. O diálogo interreligioso, em especial, é fundamental neste processo. Esse artigo defende a ideia que o sincretismo religioso brasileiro tem muito a aportar para concretização desta utopia.