Quer o museu quer a escola estão hoje perante a situação de terem de se adaptar às novas formas de divulgação da informação e do conhecimento - entre as quais se contam os meios de comunicação social, a Internet, os multimídia - situação que caracteriza as sociedades centrais e semi-periféricas (como a nossa) e que se configura com forte tendência a incluir zonas do mundo cada vez mais vastas. Face a esta multiplicidade de agentes de informação e face à crescente modernização dos respectivos mecanismos de socialização, assentes em formas não-institucionais que interceptam os quotidianos, de modo quase espontâneo e instantâneo, coloca-se para ambas as instituições - museu e escola - a questão de saber se conseguirão manter a sua postura até aqui central (principalmente a da escola) e socialmente aurática (principalmente a do museu) face a este processo que se antevê sem retorno.