O artigo pretende a análise, a partir dos conceitos de governamentalidade em Foucault e de mito em Roland Barthes, do corpo de discursos ufanistas elaborados sobre a cidade de Curitiba no século XIX e início do século XX por viajantes e cronistas. Estes discursos são analisados como elementos constituintes da urbe ordeira, disciplinada e laboriosa, palco por excelência das relações de mercado capitalista, cenário onde se desenrola a ação contínua e permanente da cidade no rumo do progresso e do desenvolvimento.