A concepção histórico-cultural da relação indivíduo-conhecimento destaca a aprendizagem com base no processo de mediação, pelo qual o sujeito conhece o mundo a partir do contato com os instrumentos físicos e psicológicos presentes em sua cultura. Essa perspectiva sustenta a valorização do uso dos recursos da informática (hipertextos, imagens, animações, vídeos, sons, interatividade etc) no desenvolvimento de materiais educacionais capazes de facilitar a internalização do conhecimento. Atualmente, a aplicação de recursos digitais no desenvolvimento de tais materiais recebe o nome Objetos de Aprendizagem (OAs). No Brasil, diversas entidades vêm estimulando a produção e a difusão de objetos de aprendizagem, entre as quais destaca-se: a Fábrica Virtual do RIVED – Rede Interativa Virtual de Educação – promovido pela Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação; o projeto CESTA – Coletânea de Entidades de Suporte ao uso de Tecnologia na Aprendizagem – idealizado pelo Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; o projeto BMT – Banco Multidisciplinar de Textos – da Universidade Federal de Pelotas. Esse investimento nos OAs permite vislumbrar que serão fortalecidos, nos próximos anos, os laços entre a informática e a produção de conhecimento.