Neste artigo, procura-se apresentar a figura do informante, com ênfase para aquele que colaborou espontaneamente com a polícia política no Brasil à época da ditadura militar, por meio da documentação arquivada no DOPS - Departamento de Ordem Política e Social, um dos aparelhos repressivos do regime (1964-83). Nesta análise, busca-se evidenciar como suas ações foram relevantes para a tática da repressão preventiva, que consistia em acumular um sem-número de informações sobre a vida (pública e privada) dos indivíduos considerados potencialmente subversivos. Para tanto, o governo assegurou um governo invisível a seus colaboradores, poder este no entanto controlado pelo regime através de sua segmentação.