Na sala escura, antes dos filmes que vemos na tranquilidade do nosso lar, são-nos apresentadas pequenas peças propagandísticas de outros filmes. Os trailers dilatam, prolongam e estimulam nosso desejo de assistir a mais filmes. Há, entretanto, uma dimensão da feitura do cinema que está além ou aquém da exibição do filme e só nos é possível acessá-la em casa ou nos cineclubes. É o que na língua inglesa se denomina making of (e já quase dispensa a tradução para o português, tamanha sua circulação entre nós). O making of é um recurso metalinguístico que registra e, algumas vezes, traz alguma reflexão sobre a execução de um filme.