Este trabalho tem a intenção de analisar a construção de representações feitas pelos fi lmes “O Último Rei da Escócia”, “Diamante de Sangue” e o “Jardineiro Fiel”, verifi cando que, analisadas em conjunto, essas obras acabam por produzir um discurso a respeito da História contemporânea da África. A partir da premissa de que a história produzida pelos historiadores não é o único modo de se reconstituir o passado, reconhece-se que, além de um discurso “ofi cial” oferecido pela historiografi a da África contemporânea, também existem outros discursos. Os filmes produzidos pelos próprios africanos não atingem o grande público. Assim, pretendo explorar o fato de que os africanos são impossibilitados de construírem representações, ou até um discurso próprio de seu continente para o mundo. Cabe, então, a partir da análise conjunta dos fi lmes, verifi car a frequência com que o continente africano é tratado como vítima e como isso é reproduzido pela grande mídia do cinema. Por último, tentarei entender como o cinema hollywoodiano retrata a África contemporânea: quais são as representações mais decorrentes nos fi lmes? O que se repete? O que se omite? Quais as características dos personagens? Todas essas são perguntas que perpassam a análise dos fi lmes escolhidos.